Professor oferece contribuição para minimizar crise hídrica nas aldeias

Professor Eder explica funcionamento do sistema ao vice-governador

Durante encontro com o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), na manhã de sábado (13) passado, em Dourados, o professor Eder Pereira Gomes, da FCA (Faculdade de Ciências Agrárias) da UFGD, apresentou projeto que desenvolve na área de Hidrologia (engenharia da água e solo) e propôs parceria com o Estado para incrementar os serviços de captação e distribuição de água nas aldeias indígenas.

De acordo com o professor, a proposta, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de São João Del Rey, de Minas Gerais, criou um sistema perfuratriz capaz de contribuir com as áreas de captação e distribuição de água que, em relação aos objetivos de inclusão propostos pelo Governo de Mato Grosso do Sul, poderia beneficiar pequenos núcleos familiares.

O sistema perfuratriz consiste de uma máquina desenvolvida por meio do envolvimento de acadêmicos e professores das áreas de Hidrologia e Engenharia Mecânica das duas instituições de ensino que, por meio de hastes, pode atingir de 70 a 120 metros de perfuração.

O professor Eder e o vice-governador, que foi quem coordenou, por designação do governador Eduardo Riedel, o GT (Grupo de Trabalho) encarregado de elaborar os estudos e apresentar a proposta de mitigação da crise provocada com a falta d’água nas aldeias de Dourados, conversaram sobre a possibilidade de intermediar, com a Sanesul, a companhia estatal de água e saneamento que já oferece suporte às comunidades indígenas no Estado, uma forma de aproveitamento dessa inovação.

“Chegamos a uma conclusão, depois de várias tratativas com lideranças indígenas, representantes das famílias que sofrem com essa crise de abastecimento, junto com a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Funai (o órgão ligado ao Ministério dos Povos Originários que atende as aldeias), a Prefeitura e as Universidades, que podemos desenvolver, juntos, uma alternativa viável para solucionar essa situação, não só em relação às aldeias Jaguapiru, Bororó e Panambizinho em Dourados, mas, também, para atender aos demais municípios do Estado”, opinou Barbosinha ao agradecer a contribuição oferecida pelo professor da UFGD.