Barbosinha volta ressaltar necessidade de vacinar profissionais dos cartórios para não prejudicar esses serviços no Estado

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O deputado Barbosinha (DEM-MS) voltou a pedir que a secretaria estadual de Saúde inclua no grupo prioritário da vacina da Covid-19 colaboradores, auxiliares e escreventes de cartórios judiciais e extrajudiciais. O pedido voltou à tona depois que o parlamentar teve conhecimento da morte de Edvaldo Silva de Arruda, da cidade de Sidrolândia, que estava respondendo interinamente pelo Registro Civil de Maracaju e faleceu nesta terça-feira (22) vítima da Covid-19.

A categoria ainda entrou em contado com o parlamentar para reforçar a importância da inclusão desses trabalhadores entre as prioridades da imunização.

São profissionais que estão diariamente expostos a possibilidade de contaminação da doença.  “O contato com o público e por trabalharem diretamente com o manuseio de documentos os deixa mais vulnerável a contaminação do vírus. São profissionais que não pararam de trabalhar durante a pandemia, atendendo diariamente milhares de pessoas, e têm elevado risco de contaminação”, comenta.

A preocupação com os trabalhadores dos cartórios também foi relatada ao deputado pelo diretor da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso do Sul (Anoreg/MS), Leandro Augusto Neves Corrêa.

Segundo o diretor, em atos oficiais (estaduais e municipais) que estabelecem medidas restritivas na pandemia, as atividades dos cartórios são consideradas essenciais. “Desde o primeiro dia de pandemia até aqui estamos todos os dias de portas abertas, possibilitando registros de nascimento, casamento entre outros serviços elementares para a manutenção da atividade econômica nesse momento difícil e, infelizmente, de milhares de óbitos. É ainda dos cartórios que saem as estatísticas de mortos dessa doença e da causa da morte. Isso só ocorre porque estávamos abertos, trabalhando, com toda nossa estrutura e equipe”, relata o diretor.

A promoção da vacinação deste grupo ainda tem a finalidade de garantir a continuidade dos serviços prestados, sobretudo nas cidades do interior que, em geral, contam com equipes pequenas. “A contaminação de apenas um funcionário pode significar a paralisação do atendimento”, defende o presidente da Associação dos Registradores Civis de Pessoas Naturais do Estado de Mato Grosso do Sul (ARPEN-MS), Marcus Vinícius Machado Roza.

Segundo essa Associação apenas 93 Cartórios do Registro Civil estão em atividade no Mato Grosso do Sul. “Com esse número é possível vacinar os profissionais para garantir perfeito e seguro funcionamento dos serviços à população sul-mato-grossense, sem que seja prejudicada a regularidade da campanha estadual de vacinação, pois são necessárias poucas doses de vacina”, esclarece o presidente.