Reconhecimento internacional consolida MS como referência em sanidade animal e abre novos mercados para a carne bovina

Reconhecimento internacional consolida MS como referência em sanidade animal e abre novos mercados para a carne bovina

Mato Grosso do Sul entrou oficialmente para o seleto grupo de territórios livres de febre aftosa sem vacinação, segundo chancela da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O anúncio foi feito em Paris, nesta quinta-feira (29), durante cerimônia na 92ª Sessão Geral da OMSA. O feito histórico é resultado de um trabalho contínuo entre produtores, entidades de classe e o poder público – nas esferas municipal, estadual e federal – que, ao longo de décadas, implementaram medidas rigorosas de controle sanitário e vigilância epidemiológica.

Com o novo status, o Estado se torna ainda mais competitivo no mercado internacional da carne bovina, consolidando-se como protagonista na exportação de proteína animal com alto padrão de qualidade e segurança. A comitiva de Mato Grosso do Sul foi composta pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, pela senadora Tereza Cristina, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, e o deputado estadual Paulo Corrêa, representando a Assembleia Legislativa do Estado.

O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, destacou o significado dessa conquista para os produtores de Mato Grosso do Sul, especialmente os que vivem e trabalham no interior do Estado. “Como gestor público e também produtor rural, sei que esse reconhecimento muda completamente o patamar do nosso agronegócio. É um passo gigante que garante mais competitividade, valor agregado e, principalmente, segurança para quem está na lida no campo”, pontuou.

Barbosinha ainda ressaltou que, além do impacto econômico, a certificação internacional representa um avanço na credibilidade institucional do Estado. “Esse status é fruto de uma estrutura sólida de defesa sanitária e de uma atuação coordenada entre as entidades. E o mais importante: reforça a imagem de Mato Grosso do Sul como um território responsável, sustentável e preparado para os desafios globais”, afirmou.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reforçou que a declaração oficial é resultado da soma de diversos esforços. “Desde 2020, deixamos de vacinar o rebanho em Mato Grosso do Sul, o que exigiu uma vigilância sanitária ainda mais rigorosa. E é graças a essa decisão estratégica que hoje celebramos esse feito. Vamos continuar atuando para garantir a manutenção desse status e explorar novos mercados para a carne sul-mato-grossense”, destacou.

Atualmente, Mato Grosso do Sul possui um rebanho bovino superior a 18 milhões de cabeças e ocupa posição de destaque no ranking nacional de produção e exportação de carne. O status de área livre sem vacinação coloca o Estado entre os mais avançados em sanidade animal, ampliando o acesso a mercados exigentes como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos – destinos até então inacessíveis devido às exigências sanitárias.

A certificação entregue pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) faz parte do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), coordenado pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), e representa uma mudança significativa na condução da pecuária nacional. Com ela, abre-se um novo ciclo de oportunidades para os produtores rurais do Estado.

A meta agora é manter os níveis de excelência e reforçar as barreiras sanitárias para que esse selo de qualidade seja permanente. O Governo do Estado, em articulação com instituições como Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Famasul e entidades do setor, seguirá investindo em inovação, fiscalização e informação, garantindo que o Mato Grosso do Sul continue sendo uma potência sustentável do agro brasileiro.

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