Vice-governador Barbosinha abre evento que abordou inclusão e combate ao capacitismo no mercado de trabalho
Com foco na pessoa com deficiência (PCD) e reforçando o compromisso com a causa sensível, o Governo do Estado prestigiou a abertura do 1° Colóquio "Conexão Inclusiva", organizado pela Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), destacando a importância de discutir a empregabilidade de pessoas com deficiência. O evento realizado na tarde da última quinta-feira (4), no auditório do Bioparque Pantanal, contou com empresários, gestores e PCDs para debater a inclusão e combate ao capacitismo no mercado ocupacional trabalhista.
Conhecedor do assunto e atuante na questão de inclusão e acessibilidade, o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, destacou que é importante conscientizar, sensibilizar e orientar sobre a inclusão para enfrentar as barreiras que ainda existem e estão sendo priorizadas pelo governo. “Essa ação é um marco na luta por um mercado de trabalho mais inclusivo, um compromisso que temos abraçado desde o início da nossa gestão focando nas habilidades em meio as diferenças”, disse.
O evento abrangeu discussões sobre a diversidade no ambiente de trabalho e a relevância da acessibilidade para acolher e promover o desenvolvimento das pessoas com deficiência. Além disso, levou esclarecimento sobre legislações trabalhistas relacionadas ao recebimento de benefícios, proporcionando uma maior compreensão dos direitos e deveres trabalhistas em todo o Estado.
Desde 2023, o Governo do Estado tem se empenhado em promover a empregabilidade das pessoas com deficiência. De acordo com Telma Nantes de Matos, Subsecretária de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência, embora as organizações da sociedade civil realizem um trabalho significativo nesse sentido, enfrentam desafios consideráveis. “É fundamental reconhecer que as pessoas com deficiência têm o direito de trabalhar e essa oportunidade contribui para a dignidade humana”, ressaltou Telma.
O colóquio também permitiu que pessoas como o psicólogo Alexander dos Santos, de 28 anos, compartilhassem suas histórias e propostas. Diagnosticado tardiamente como autista, Alexander observa uma falta de iniciativa nas empresas. "Além de uma mudança de percepção sobre as pessoas com deficiência, muitas vezes os preconceitos são reproduzidos na cultura organizacional, focando na deficiência e não nas habilidades e competências," destacou Alexander.
Enfatizando que um Estado próspero é dar condições de oferta de emprego e oportunidade no ramo de atividades trabalhistas, Barbosinha reforçou que "a inclusão de PCDs no mercado não só beneficia os indivíduos, mas também as organizações, trazendo diversidade de experiências e perspectivas que impulsionam a inovação e a criatividade, que vai além de um cumprimento de cota ou riscos de implicações jurídicas".
Dados do IBGE de 2022 revelam que 236 mil pessoas em Mato Grosso do Sul têm algum tipo de deficiência, sendo 133 mil mulheres e 103 mil homens. Entre as pessoas com idade acima de 14 anos, 31,8% estão ocupadas, comparado a 67,3% da população sem deficiência.
O vice-governador ainda fez questão de reiterar que o Governo do Estado tem avançado no programa "MS ACESSÍVEL", que visa garantir os direitos e a qualidade de vida das PCDs. Este projeto inclui a criação de um mapa da cidadania, a promoção de políticas públicas acessíveis em turismo, cultura e esportes, e a interface com políticas de educação, saúde e assistência social.
"Estamos comprometidos em promover ajustes e capacitações que valorizem a diversidade e a igualdade de oportunidades em nosso estado.", concluiu Barbosinha.