Pioneiro no país, Mato Grosso do Sul celebra 10 anos da CMB e defende ações articuladas na proteção das mulheres

A capital sul-mato-grossense se consolida como referência nacional ao sediar o 3º Encontro da CMB, reafirmando o compromisso de Mato Grosso do Sul com respostas rápidas, políticas integradas e proteção à vida das mulheres.

Campo Grande sediou nesta quinta-feira (4) a abertura do 3º Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, reunindo gestoras de todas as regiões do país para debater políticas públicas, integrar ações e fortalecer a rede nacional de proteção às mulheres. A solenidade, realizada na Faculdade Insted, contou com a presença da Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, da coordenadora estadual da Casa da Mulher Brasileira em Mato Grosso do Sul, Carla Stephanini, e do vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, que representou o governador Eduardo Riedel.

A escolha de Mato Grosso do Sul como sede simboliza o reconhecimento nacional do Estado como referência em políticas de enfrentamento à violência contra a mulher. Foi em Campo Grande que, há dez anos, nasceu a primeira Casa da Mulher Brasileira do país, modelo que hoje inspira iniciativas em todas as regiões pelo seu caráter integrado, humanizado e de resposta rápida, fazendo com que o Estado seja um importante protagonista no fortalecimento dos direitos das mulheres e na proteção à vida.

Em nome do Governo do Estado, o vice-governador Barbosinha destacou o compromisso de Mato Grosso do Sul com a modernização das estruturas de atendimento e com a articulação entre os órgãos de segurança e justiça. Durante a abertura, o vice-governador destacou os avanços institucionais do Estado na proteção às mulheres e reforçou a importância da integração do sistema de justiça e segurança pública.

"É fundamental que as instituições do Estado caminhem de forma articulada, e temos evoluído muito nesse sentido. Houve um salto gigantesco em tecnologia, qualificação das equipes e melhoria do fluxo de processos, não apenas na Casa da Mulher Brasileira, mas também nas delegacias especializadas. Hoje, graças à integração com o Tribunal de Justiça, as medidas protetivas de urgência podem ser cumpridas imediatamente por policiais civis ou militares, sem necessidade de aguardar um oficial de justiça".

Barbosinha reforçou ainda que essa resposta imediata faz diferença na proteção da vida.

"A vida clama por resposta no exato momento em que a mulher faz um pedido de ajuda, seja pelo 190, ao procurar uma delegacia ou ao buscar acolhimento na Casa da Mulher Brasileira".

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, também enfatizou que o enfrentamento à violência exige responsabilidade compartilhada e firmeza institucional. Presente no encontro, ela fez um chamado nacional por responsabilidade política e enfrentamento à violência.

"Não é possível que continuemos elegendo parlamentares que ofendem e atacam as mulheres. Isso precisa mudar, e só muda quando reconhecemos que violência contra as mulheres é responsabilidade de todos. Cada feminicídio é um alerta de que precisamos agir com mais rapidez e firmeza".

A cerimônia reforçou não apenas o papel do Governo de Mato Grosso do Sul, mas também a atuação da coordenadora estadual da CMB, Carla Stephanini, que tem liderado a consolidação do modelo de atendimento integrado e fortalecido a articulação com municípios e órgãos parceiros. O Estado segue ampliando sua rede, com novas unidades em implantação em Corumbá, Dourados e Ponta Porã, reafirmando seu compromisso histórico com políticas públicas voltadas às mulheres.

A secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, lembrou o simbolismo de o encontro ocorrer justamente onde o modelo nasceu. Viviane destacou a relevância de Mato Grosso do Sul, estado que abriga a primeira Casa da Mulher Brasileira do país, sediar um momento de convergência nacional.

"Todas as gestoras que atravessaram de sul a norte para estarem no Mato Grosso do Sul, sejam muito bem-vindas. A violência contra nós, mulheres, é estrutural, e por ser estrutural, exige respostas estruturais, integradas e fortalecidas. Foi assim que a Casa da Mulher Brasileira nasceu aqui, para integrar serviços que antes nos obrigavam a peregrinar atrás dos nossos direitos".

Com intensa programação ao longo de dois dias, o encontro consolida Mato Grosso do Sul como protagonista na agenda nacional de enfrentamento à violência, reafirmando que o Estado não apenas defende os direitos das mulheres, mas investe continuamente em políticas que salvam vidas e fortalecem a autonomia feminina.

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