Em live com segmento lojista, Barbosinha se oferece para modernizar e simplificar atividade produtiva
Ao mesmo tempo em que defendeu o retorno das atividades do setor empresarial, gradativamente, respeitando as regras de biossegurança em relação à pandemia mundial da Covid-19, o deputado Barbosinha (DEM) apresentou alternativas que visam a modernizar e simplificar as ações do setor produtivo no Município, durante participação, por mais de uma hora, da live ao vivo organizada na noite desta quinta-feira (10) pela FCDL, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul, no perfil da entidade pelo Instagram.
“Penso que é chegada a hora de usarmos toda a nossa criatividade para que, no pós-pandemia, tenhamos as condições de recuperar a atividade empresarial, com políticas de incentivo fiscal, formação de mão-de-obra e qualificação profissional, e parcerias capazes de impulsionar o setor de forma que o pequeno empreendedor tenha o grande empresário, e sobretudo, o Poder Público, como aliados de primeira hora”, propôs o deputado, que é pré-candidato a prefeito do DEM no Município.
Barbosinha voltou a manifestar preocupação com as dificuldades enfrentadas pelo comércio, citando especialmente os setores de bar e restaurantes, as academias, o segmento promotor de eventos, e até templos religiosos, limitados pelos decretos de contenção editados para reprimir o avanço do coronavírus e reiterou o pedido para que o setor imobiliário, principalmente, possa também estar atento nesse momento. “A maior parte dos nossos lojistas se utiliza de usa prédios locados, e as imobiliárias devem ter o bom senso nessa hora em relação um princípio previsto no Direito Civil, o da força maior, diante dessa situação que independe da vontade humana, como a pandemia, e exige esforço concentrado; melhor reduzir valores do que encerrar uma atividade, que gera desemprego e aumenta o tamanho da crise”, constatou.
O pré-candidato a prefeito enalteceu as iniciativas da Federação das CDLs, cumprimentou a presidente estadual Inês Conceição da Silva e o presidente da CDL de Campo Grande, Adelaido Vila, destacando também o comprometimento do presidente Giovani Dal Molin, de Dourados, estendendo a saudação aos dirigentes da Aced, pelo presidente Nilson dos Santos e do Sindicom, através do presidente Valter Castro. “Sozinhos, não vamos a lugar algum. Construir parcerias, conjugar o verbo ‘nós’ em lugar do ‘eu’ sempre foi a marca da minha trajetória, por todos os lugares que passei”, reforçou Barbosinha, ao transmitir experiências acumuladas como primeiro servidor público efetivado e primeiro prefeito na cidade de Angélica, ainda no final da década de 80, aos 23 anos de idade; como presidente da Sanesul por mais de sete anos, secretários de Justiça e Segurança Pública por quase dois anos e agora no segundo mandato de deputado estadual.
Propostas
De acordo com o deputado, Dourados vive um momento muito difícil, além da crise econômico-financeira, vive uma crise de gestão, e, antes de o próximo prefeito querer dizer que vai melhorar a saúde, ou a educação, cultura, esporte e lazer, a infraestrutura, falar em construir mais casas, “primeiro terá que fazer a lição de casa, o que a dona-de-casa faz todo dia, contar o dinheiro que tem pra saber quanto vai poder gastar e eu me proponho a promover o que fiz na Sanesul: o saneamento financeiro e a recuperação econômica do Município”.
Usando como exemplo o estádio Douradão, construído para receber 25 mil pessoas [o local sofreu várias interdições e passou por vistorias que não permitem lotação maior do que 7 mil espectadores], Barbosinha disse que “é uma clara demonstração de que precisa ser adequado como arena para sediar jogos do circuito nacional, e até internacional, e se viabilizar como referência para reerguermos o futebol local, o que não se consegue sem uma PPP (parceria público privada), porque há setores em que só o recurso, ou a falta dele, não são mais determinantes; é questão de gestão”.
Planejamento e zoneamento urbano, abertura de vias para escoamento do tráfego, aproveitamento do lixo doméstico, hoje descartado no aterro sanitário, como fonte de renda e de energia, estimulando a produção do gás metano, o que também pode ser feito com os resíduos das estações de tratamento de esgoto da Sanesul, são indicadores que, para Barbosinha, sinalizam na perspectiva da proposta de Cidade Inteligente.
“Dourados cresceu, mas não acompanhou essa necessidade de evolução, é preciso trazer o pensamento do campus das nossas universidades para a Dourados real, com sistemas capazes de detectar desde quando uma lâmpada está queimada, e em que o cidadão notifique o buraco da rua, até explorarmos, na exata dimensão, a maior plataforma de energia fotovoltaica do Centro-Oeste brasileiro que é nossa, desenvolvida pela UFGD de Dourados”, observou.
“Cidade inteligente é socializar avanços da tecnologia, levar o sinal de wi-fi para as praças públicas, melhorar a qualidade de ensino com a internet distribuída de forma igualitária tanto para o menino quanto para o filho do rico, estimular a ‘segunda língua’ no currículo escolar, interagir com os irmãos latino-americanos da Bolívia e da Venezuela que estão aportando à nossa cidade, enfim conjugar o verbo construir no plural e abrir as portas de Dourados para Mato Grosso do Sul e ao Brasil”.