Cidadão de MS, Renato Teixeira diz que privilégio foi ter nascido músico
“Nada de mais em relação às outras pessoas. Eu poderia ter sido professor, engenheiro, astronauta, médico, mecânico, mas o maior privilégio foi ter nascido músico, e poder, com a música, levar esse olhar de poesia que motiva as pessoas”. Essa foi a definição dada pelo músico e compositor Renato Teixeira [que ainda tem o Oliveira no sobrenome] para justificar a carreira escolhida muito cedo depois de, aos 21 anos, ter sido igualmente privilegiado com a oportunidade que teve de conhecer Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa e Geraldo Vandré e confirmado a opção de vida.
Essa história faz parte do currículo que enriquece a trajetória cultural de Teixeira, homenageado na noite de sexta-feira (14) em evento organizado pelo deputado estadual Barbosinha (DEM) com o título de Cidadão Sul-mato-grossense, outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado no ano passado, em cuja cerimônia a agenda de apresentações musicais do artista impediu de comparecer para receber a honraria.
O vice-governador Murilo Zauith, que também é secretário estadual de Infraestrutura, teve oportunidade de manifestar ao músico a emoção que as pessoas, ele próprio, inclusive, sente ao conviver com o repertório de Renato Teixeira. “Você consegue, com a poesia, traduzir o sentimento de muita gente e faz muita gente se emocionar e compartilhar o que você transmite”, rendeu-se o vice-governador, ao destacar a importância do ato organizado pelo deputado Barbosinha.
Autor do projeto que concedeu, em abril do ano passado, o título de Cidadão Douradense a Renato Teixeira, o vereador Madson Valente (DEM) relembrou que guarda, com orgulho, o rascunho da composição que o artista fez a Dourados, cidade que adotou a partir do momento em que conheceu Maria de Lourdes Gonçalves, com que vive no Município.
O deputado Barbosinha justificou a proposição do título de Cidadania pela marca que Renato Teixeira imprimiu, pelo talento e a diversidade musical, ao cancioneiro nacional. “A sua música caipira, o dom pelas cordas e o sentimento poético que deixa impregnados de amor e paixão os corações pelo Brasil, já seriam motivo suficiente para essa homenagem”, classificou o deputado, que ainda citou momentos em que o artista projetou o Estado além fronteiras, extrapolando os limites da cidade de Santos, no litoral paulista, onde nasceu há 75 anos.