Barbosinha pede cursos de TO e Fono para acompanhar casos de TEA

Indicação do deputado Barbosinha ao Governo do Estado, apresentada nesta quinta-feira (17), pede a disponibilização de um programa de ações envolvendo também instituições públicas e privadas de ensino em Mato Grosso do Sul no sentido de que sejam abertos novos cursos de Fonoaudiologia e TO (Terapia Ocupacional), considerando o avanço dos casos de crianças com autismo na sociedade.

“Cerca de 1 a cada 68 crianças no mundo são autistas, conforme os dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). E, embora no Brasil ainda não tenhamos estatísticas oficiais, alguns estudos indicam que esse número pode chegar em até 1 autista a cada 45 crianças brasileiras”, relata o deputado.

Barbosinha considera, ainda, que é importante a avaliação feita por pesquisadores que associam o aumento do número de casos justamente à ampliação da oferta de diagnóstico. “Hoje as crianças são enquadradas no TEA (o transtorno do espectro autista), um diagnóstico mais amplo, que engloba vários distúrbios e atrasos do desenvolvimento, de alteração sensorial, ou seja, recebem e decodificam os estímulos sensoriais (táteis, auditivos, visuais, gustativos, olfativos, proprioceptivo e vestibular) de forma diferente e podem reagir de forma exagerada ou diminuída a algumas estimulações”, observa.

A partir desse raciocínio, o deputado douradense defende o envolvimento do Governo junto às instituições de ensino superior, públicas e privadas, de maneira a capacitar novos fonoaudiólogos e TOs de forma a conter o avanço dos casos de TEA. “Um dos principais déficits do autismo está no desenvolvimento da linguagem, a presença de um fonoaudiólogo na equipe de intervenção é indispensável e a atuação, com o terapeuta ocupacional, não deve se resumir apenas às sessões, mas, principalmente, às orientações e treinamentos para familiares e cuidadores, bem como, aos profissionais da educação que ensinam crianças diagnosticadas com o transtorno”, justifica.

Barbosinha diz que, a partir do momento que Mato Grosso do Sul enfrentar o déficit de fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais vai reduzir o comprometimento dos cuidados e orientações necessárias às crianças diagnosticadas com TEA. “Desta forma, rogo ao Governo do Estado, as instituições públicas e privadas de ensino que sejam abertos novos cursos de fonoaudiologia e terapia ocupacional, no sentido de que em um futuro próximo, nossa sociedade possa contar com a atuação indispensável desses profissionais”.

Além do governador Reinaldo Azambuja, o deputado pede que cópias da indicação protocolada na Assembleia Legislativa sejam encaminhadas também aos Reitores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Laércio Alves de Carvalho; da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marcelo Augusto Santos Turine; da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Lino Sanabria; da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), José Marinoni; da Uniderp, Taner Douglas Alves Bitencourt; e da Unigran, Rosa Maria D’Amato De Déa.

Projeto

Na sessão desta quinta-feira, a Assembleia também aprovou o Projeto de Lei 221/2021, de autoria do deputado Barbosinha, que assegura às pessoas com TEA um acompanhante para exercer o direito à meia-entrada nas sessões de cinema, teatro, espetáculos esportivos, shows e outros eventos culturais e esportivos realizados no Estado.