Barbosinha vai mobilizar prefeitos e bancadas por solução de tráfego na BR-163
Após ouvir, durante encontro que manteve na manhã desta sexta-feira (13), com o diretor de Relações Institucionais Claudeir Alves Mata, e o engenheiro Marcelo Ernesto Tezani, da CCR MSVia, afirmarem que não existe um prazo definido para a solução do impasse criado com a concessão da BR-163, e os perigos causados pelo trecho que corta o perímetro urbano do Município, com dezenas de mortes já ocorridas, o deputado Barbosinha (DEM) anunciou que vai mobilizar demais colegas da Assembleia Legislativa e pressionar a bancada federal para que uma solução seja encontrada junto aos organismos de Brasília.
“O que não dá é pra ficar do jeito que está, a CCR alegando que já investiu mais do que arrecada, o contribuinte se obrigando a pagar para cruzar em uma das praças de pedágios e o Governo na posição confortável da permanente omissão”, disse o deputado, depois de mostrar aos representantes da concessionária as cópias de indicações e requerimentos com pedidos de providências já aprovados na Assembleia, especialmente cobrando solução para reduzir os transtornos nas áreas dos trevos da Bandeira e do DOF, que cortam a cidade com a rodovia federal.
De acordo com o diretor de Relações Institucionais da CCR MSVia, o projeto original, anexado ao processo que resultou na exploração pela concessionária Camargo Correa do trecho de cerca de 800 quilômetros da BR-163, já previa a implantação de viadutos sobre o cruzamento dos dois trevos no trajeto de Dourados, “mas até agora não conseguimos liberar as licenças ambientais”, justificou Claudeir. “Outro problema é a frustração do tráfego, depois que o Governo resolveu investir em programas de ferrovias, que também levou ao fracionamento das obras de duplicação da rodovia”, acrescentou.
O deputado Barbosinha prometeu interceder, nesta semana, com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, para mobilizar prefeitos de todas as cidades que abrangem o percurso da concessão e a bancada de Mato Grosso do Sul em Brasília, “para fazer com que a direção nacional da Antt (Agência de Transportes Terrestres), o Dnit (Departamento de Infraestrutura de Trânsito) e o comando nacional da CCR se atentem para o que significa tantas mortes em tão curto período de tempo, apenas nesses dois trevos, sem contar os demais problemas ao longo do trecho”.
Apenas no primeiro semestre deste ano, Barbosinha já apresentou, pelo menos, quatro indicações, fora os discursos e cobranças junto às autoridades do setor, apontando alternativas de solução para o problema. “Moradores dos bairros do outro lado da BR, no sentido Sul, sabem o que significa viver nesse clima de tensão. São mais de 40 mil famílias, número muito maior do que a população da maioria das cidades do Estado, que esperam, ao menos, poder contar com um semáforo para controlar os limites de velocidade nos pontos mais críticos da rodovia e assim poder se deslocar para o trabalho ou com os filhos para a escola”, ilustrou o deputado douradense.
Texto e Fotos: Clóvis de Oliveira