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Sobre a cidade

Japorã, à época, pequeno lugarejo, recém-criado com uma área de 419,80 Km2, localizado no Extremo Sul do Estado de Mato Grosso do Sul, fundado entre os anos de 1953 e 1954, por famílias vindas do interior paulista com o interesse de lutar pelo domínio da terra. No entanto a história de Japorã começou quando algumas famílias aqui se instalaram com o objetivo de derrubar as matas para a exploração da agricultura.Desde os tempos em que era apenas um Distrito da vizinha Mundo Novo, Japorã já se prepara para ousar vôos mais altos. Com mais de 40 anos de história e chegando aos 21 anos de emancipação político administrativa, o município de Japorã está localizado no sul de Mato Grosso do Sul na região denominada Cone Sul. Margeiam suas terras o Rio Iguatemi que juntamente com diversos córregos dão sobrevida ao imponente Rio Paraná.

Privilegiado por sua maravilhosa natureza, Japorã é berço de grandes homens que com seu esforço construíram a historia da região. A cidade com cerca de 8.288 habitantes (IBGE-2013) possui gente valorosa e aguerrida no seu dia–a-dia. Deste os primórdios tempos do café e do algodão a cidade se destaca pela sua capacidade e potencialidade agrícola, hoje consolidada pela produção de soja, mandioca, milho, amendoim, algodão, entre outros, além de grande valorização da agricultura familiar e de assentamento que movem a economia do município.

A comunidade indígena também é marca presente e constante. Ao todo são quase 3,9 mil índios da etnia guarani-nhãndeva, que luta diariamente para preservar sua cultura e sobreviver às dificuldades que, contrariamente a vida moderna lhes proporciona.Os primeiros colonizadores conhecidos foram José Mesquita, Bento José Muniz, Cícero Alves (Tatá), José Germani Valeriano Massu, João Mota Sobrinho, Simão Alves dos Santos Narciso, Sebastião Pinto, Lourenço Germano Klein, Vidal Damázio e João Cunha Bueno. Logo que chegaram os pioneiros começaram a derrubar as matas para dar início as plantações de feijão e café.

Com o projeto de reforma agrária, executada pelo órgão oficial do Governo, IBRA, em 1967 que se apropriou de 72.978, hectares de terras que foram divididas em quase 1.500 lotes rurais teve início então a verdadeira colonização do atual município de Japorã. As mudanças trazidas pelo povoamento da região proporcionado pelo Projeto Integrado de Colonização de Iguatemi, logo se fez notar, pois a Vila Japorã com poucas casas neste período recebia uma atenção especial, já que se acreditava na possibilidade de crescimento visto que tudo o que plantava em suas terras proporcionava boa colheita.

Japorã que até então se resumia em apenas uma rua, teve seu traçado delineado dividindo-se o seu território em quadras, que aos poucos foram sendo ocupadas por construções feitas por proprietários de lotes rurais das proximidades. A Vila Japorã passou a ser distrito do Município de Mundo Novo por força da Lei nº 211, de 23 de Janeiro de 1981, permanecendo nesta condição, até 30 de Abril de 1992. O então distrito de Japorã teve seu apogeu populacional na década de 80, mas devidos a fatores como: o êxodo rural, a migração de alguns parceleiros que vendiam suas terras e iam a busca de terras mais férteis no norte do Mato Grosso e o desincentivo agrícola exercido pelo governo fez com que diminuísse muito a população japorãense transformando-o, que até então era formado por pequenas propriedades em um distrito de muitas pecuárias e fazendas.

Japorã é elevado a condição de Município pela Lei Estadual nº 1.266/92 de 30 de abril de 1992, graças à luta de seu povo, e a imprescindível mediação dos saudosos Deputados Estaduais Fernando Saldanha e Santo Tomazelli, que se empenharam na tarefa de elaborar e apresentar à Assembléia Legislativa o Projeto de Lei propondo a reivindicação maior de sua gente, a Emancipação Político-Administrativa, que culminou com a sanção da referida Lei pelo então Governo Pedro Pedrossian.