Barbosinha volta a cobrar compromisso com a Segurança
O deputado Barbosinha (DEM-MS) alertou, novamente, nesta semana, para a situação de sucateamento em que se encontram os efetivos da Segurança Pública nacional, citando, especialmente, o fechamento, ou, o funcionamento de forma bastante irregular de, pelo menos, seis unidades operacionais da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Mato Grosso do Sul e a falta de incentivos para que a própria PF (a Polícia Federal) continue atuando no Estado.
“Essa preocupação nós já demonstramos, da tribuna da Assembleia, em várias oportunidades, ao longo do primeiro mandato, agora neste começo do segundo mandato e mesmo quando, a convite do governador Reinaldo Azambuja, fui secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública e levei o pleito desses segmentos ao Governo Federal”, observou Barbosinha.
Os postos da PRF dos municípios de Água Clara, Sidrolândia, Terenos, Nova Casa Verde (distrito de Nova Andradina), Coxim e Caarapó funcionam precariamente, como admite a própria chefia do setor, reconhecendo a necessidade de mais efetivo. A unidade de Caarapó, por exemplo, região estratégica, nos limites da fronteira com Amambai e cidades do Paraguai, conhecida como um dos corredores do tráfico de drogas da América Latina e onde, recentemente, quadrilha armada com fuzis tentou assaltar um carro-forte “possui uma unidade que funciona de forma pontual e intermitente, tanto que no dia dessa tentativa de assalto o posto estava fechado”, ilustrou o deputado, citando reportagem produzida pelo jornal OProgresso de Dourados.
“Nessas situações, envolvendo instituições ligadas à União, penso que a nossa bancada federal – os deputados federais e senadores eleitos pelo Mato Grosso do Sul – deveria se posicionar, cobrando do ministro Sérgio Moro, e do próprio presidente Jair Bolsonaro, uma solução para impedirmos que esse processo continue. Não bastasse o fechamento de postos, falta pessoal e estrutura de logística, como viaturas e equipamentos, para manter o serviço minimamente satisfatório, no sentido de proteger os municípios e a nossa faixa de fronteira, cada vez mais fragilizada e vulnerável aos ataques do crime organizado”, disse Barbosinha.
De acordo com a Procuradoria do MPF (Ministério Público Federal), verifica-se um desequilíbrio no efetivo de Mato Grosso do Sul com os demais estados. O estado do Ceará, com 2191 km de rodovias federais pavimentadas, tem 419 servidores. Já Mato Grosso do Sul, com 3822 km de estradas federais (74% a mais) possui apenas 403 policiais, denunciou o MPF, citando que essa situação é agravada pela dupla fronteira do Estado, com a Bolívia e o Paraguai. Ainda assim, a produtividade dos policiais rodoviários federais no Estado é destaque nacional, representando 60% das apreensões que acontecem em todo País. No Estado, 45% das apreensões são feitas pela PRF de Dourados, uma das mais atuantes do país.