Barbosinha pede seriedade, transparência e clareza no atendimento de Saúde em Dourados
O deputado Barbosinha (DEM-MS) cobrou, na sessão desta quinta-feira (22) da Assembleia Legislativa, solução para a anunciada falta de profissionais especializados em neuropediatria, principalmente após a deficiência constatada com a demissão de trabalhadores do setor que atuavam na PAI (Policlínica de Atendimento Infantil) em Dourados e esclarecimentos sobre o número real de UTIs colocadas à disposição das pessoas que procuram atendimento da Covid-19.
“Essa situação preocupa os pais atípicos em Dourados, porque com o recente desligamento, por parte da Prefeitura, de profissionais da área que atuavam na PAI, mais de 500 crianças ficaram sem cobertura e uma consulta particular custa, por baixo, R$ 400,00, é impossível para essas famílias manterem o acompanhamento clínico dos filhos”, relatou Barbosinha, sobre a deficiência nesse setor.
O deputado chamou a atenção para o fato de que, em março deste ano, foi inaugurado, “com toda a pompa”, em Dourados, o HMC (Hospital da Mulher e da Criança), unidade especializada para esse tipo de atendimento. “As pessoas celebraram, as famílias se animaram, mas foram inauguradas paredes vazias, sem nenhum equipamento, para decepção de quem contou com esse reforço no atendimento”, lamentou Barbosinha.
Leitos de UTI
Ainda durante a sessão desta quinta-feira, o deputado manifestou preocupação com a questão dos leitos de UTI (Unidades de Tratamento Intensivo) disponibilizados para o atendimento dos casos de Covid-19 em Dourados. “Em junho do ano passado, o secretário de Saúde do Estado, deputado Geraldo Resende, que é de Dourados, e a então prefeita Délia Razuk, anunciaram 20 UTIs no Hospital da Vida e agora, em abril deste ano, o secretário e o atual prefeito voltam a anunciar mais dez leitos, totalizando 20 leitos no mesmo Hospital. Ora, se no ano passado chegamos a vinte leitos de UTI, agora com mais dez ficamos novamente nos 20?”, indagou.
Barbosinha cobrou clareza e transparência nas informações. “De um lado dizem que Dourados tem 75 leitos de UTI disponíveis, de outro, dizem que são 55, a gente nunca sabe. Não podemos continuar convivendo com mentiras, desinformação. Se tem o leito, ou não tem, a verdade precisa ser dita. Quando eu digo que tenho as UTIs e elas não existem, acho que deveria haver uma fiscalização porque o Ministério da Saúde pode ter pago por leitos inexistentes”. Ele lembrou que a Câmara de Dourados tem agora a oportunidade, com a CPI criada pelos vereadores, de apurar esses fatos. “Sei que a vereadora Lia Nogueira e o vereador Marcelo Mourão tem se manifestado sobre isso, é a oportunidade que temos de apurar esses fatos”.
O deputado douradense lembrou da obra de construção do Hospital Regional às margens da BR-463, na saída para Ponta Porã, aguardada com expectativa pela população da cidade e dos 33 municípios da macrorregião. “Não se inaugura hospital sem leitos, sem condições de oferecer atendimento, essa é a nossa preocupação, esse é o alerta que faço ao nosso secretário Geraldo Resende, que é de Dourados, porque se cria uma expectativa e não podemos colocar mais temor no meio da população”.